Zeli dos Anjos, de 61 anos, recebeu alta médica nesta sexta-feira (10), após 18 dias de internação. Ela havia sido hospitalizada no dia 23 de dezembro após consumir um bolo envenenado, que resultou na morte de três membros de sua família. O bolo preparado por Zeli para uma confraternização familiar, continha arsênio. De acordo com investigações da polícia, Deise Moura dos Anjos teria colocado a substância tóxica na farinha utilizada por sua sogra para preparar o doce.
Zeli foi liberada pelos médicos que estavam cuidando de seu caso, após permanecer internada no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes desde o dia 23 de dezembro. Durante as investigações, foi apurado que Zeli foi a pessoa que ingeriu a maior quantidade do alimento envenenado, sendo também a vítima com a maior concentração de arsênio no corpo.
Farinha utilizada para fazer o bolo estava envenenada, diz polícia
A Polícia Civil confirmou que a substância utilizada para envenenar o bolo consumido por várias vítimas da mesma família em Torres, no Rio Grande do Sul, foi o arsênio. De acordo com as autoridades, a contaminação da farinha, ingrediente principal do bolo, foi a fonte do veneno que causou a morte de três pessoas da mesma família.
O delegado Cléber dos Santos Lima, responsável pelo caso, esclareceu que a suspeita pesquisou, comprou, recebeu e utilizou o veneno para cometer os homicídios. “Posso dizer com certeza”, afirmou a autoridade.
Polícia confirma que Paulo Luiz dos Anjos morreu por envenenamento
Em uma coletiva de impressa, a Polícia Civil revelou nesta sexta-feira (10) que a morte de Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise, foi causada por envenenamento com arsênio. Paulo, que faleceu em setembro de 2024, inicialmente teve sua morte atribuída a uma infecção intestinal após consumir bananas e leite em pó fornecidos por sua nora.
Delegada diz que Deize praticava homicídios em série
A delegada Sabrina Deffente afirmou que há fortes indícios de que Deise tenha cometido outros envenenamentos. Segundo as autoridades, esses novos envenenamentos podem ter ocorrido contra pessoas próximas à investigada. Disse ainda que não tem dúvidas que ela praticavas assassinatos em série e que ocultava as provas dos crimes. “Ela não foi descoberta durante muito tempo e apagava as provas que pudessem levar até ela”, disse a delegada.