Delegado fala francamente sobre a suspeita de envenenar bolo e matar família: ‘nitidamente é uma pessoa…’

Marcos Vinícius Veloso afirmou que Deise é uma pessoa de doente e que desentendimentos com parentes eram pequenos.

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O caso do bolo envenenado em Torres, no Rio Grande do Sul, teve novos desdobramentos após a confirmação de que Paulo Luiz dos Anjos, sogro da suspeita Deise Moura dos Anjos, foi envenenado com arsênio. O corpo dele, exumado na quarta-feira (8), revelou níveis letais do veneno, consumido junto a alimentos levados pela nora em agosto de 2024.

O fato conecta a morte de Paulo aos envenenamentos ocorridos no Natal. A perícia constatou que a farinha usada no bolo natalino também estava contaminada com arsênio, resultando em três mortes. As vítimas, Tatiana Denize, Maida Berenice e Neuza Denize, apresentaram sintomas severos de intoxicação e faleceram poucas horas após consumir o bolo.

Relação de Deise com a sogra era ruim

A viúva de Paulo, Zeli dos Anjos, sobreviveu ao envenenamento, mas chegou a ficar na UTI devido à gravidade do quadro. Deise está presa preventivamente por triplo homicídio e tripla tentativa de homicídio, com as investigações apontando que ela adquiriu arsênio ao longo de quatro meses.

A polícia acredita que a relação conturbada entre Deise e sua sogra possa ter sido um fator para os crimes, embora a motivação ainda não esteja totalmente esclarecida. Além das descobertas no corpo de Paulo, o celular de Deise revelou que ela realizou cerca de 100 pesquisas relacionadas a venenos.

Delegado fala sobre Deise

Os delegados que participaram de uma coletiva nesta sexta-feira (10) deixaram claro que têm certeza que Deise cometeu os crimes. Segundo eles, a mulher tinha desentendimentos com a sogra e com a prima do marido, Tatiana, que está entre as vítimas fatais. De acordo com o delegado Marcos Vinícius Veloso, os motivos para desentendimento são pequenos. “Nitidamente é uma pessoa doente”, afirmou Veloso.