A investigação sobre o caso do bolo envenenado em Torres revelou um desdobramento inesperado: o alvo principal da suspeita, Deise Moura dos Anjos, seria sua própria sogra, Zeli dos Anjos. Segundo a Polícia Civil, o motivo seria um antigo ressentimento por um valor de R$ 600, quitado em poucos dias, mas que gerou atritos entre as duas.
Apelidada de “Operação Acqua Toffana”, em referência a um veneno usado no século XX, a investigação apontou que o arsênio usado no bolo foi inicialmente adquirido para um evento de amigas de Zeli, que acabou cancelado. A farinha contaminada foi posteriormente usada no bolo natalino, consumido pela família e que resultou na morte de três pessoas.
Deise comprou arsênio
Deise, presa preventivamente desde o dia 5 de janeiro, enfrenta acusações de homicídio e tentativa de homicídio. Registros mostram que ela comprou arsênio em diversas ocasiões e pesquisou sobre venenos online mais de 100 vezes. As evidências sugerem que a suspeita planejou os crimes de forma meticulosa.
A polícia ainda busca esclarecer se outros familiares poderiam ter sido alvos dos ataques. Apesar das suspeitas recaírem sobre Deise, seu marido, filho de Zeli, não é considerado cúmplice. Celulares apreendidos estão sendo periciados para ampliar a compreensão do caso.
Delegado fala sobre revogação de primeiro pedido de prisão
O delegado Marcos Vinícius Veloso falou sobre o primeiro pedido de prisão contra Deise. “Fizemos a revogação de um primeiro pedido de prisão, aguardando o momento certo de fazer um novo pedido, com mais elementos técnicos e incontestáveis”, afirmou. Deise segue presa e a Polícia Civil tem a certeza de que ela envenenou o bolo que matou três pessoas e também envenenou o sogro, dois meses antes.