A PCRS (Polícia Civil do estado do Rio Grande do Sul) continua investigando uma série de mortes dentro de uma mesma família, atribuídas ao envenenamento por arsênio. O caso, registrado na cidade de Torres, no litoral gaúcho, tem como principal suspeita Deise Moura dos Anjos.
Na última sexta-feira, dia 10 de janeiro, a corporação realizou uma coletiva de imprensa para atualizar o público sobre as investigações. Durante o evento, a delegada Sabrina Deffente, responsável pelo caso, forneceu novos detalhes sobre o comportamento da suspeita em relação aos familiares do esposo.
Delegada define Deise como uma mulher dissimulada
Sabrina Deffente descreveu Deise Moura dos Anjos como uma pessoa “dissimulada”. Segundo a delegada, embora a mulher tivesse a intenção de eliminar os familiares do marido, ela fingia demonstrar apreço por eles.
Com base nas provas reunidas, principalmente depoimentos, a autoridade policial destacou episódios que ilustram a relação de Deise com os parentes. Um exemplo notável é a forma como a suspeita simulava carinho pela sogra, mesmo quando a idosa já era alvo de suas tentativas de envenenamento.
“A senhora Deise é tão dissimulada que, mesmo não tendo uma relação boa com a família do esposo, logo após adquirir o arsênio, ela dizia que estava com saudade da sogra, que queria ver ela, queria ficar com ela, quando ela iria aparecer”, relatou.
Investigadores traçam personalidade de Deise
As declarações de Sabrina Deffente estão alinhadas com os relatos de outros membros da equipe de investigação. Para eles, Deise Moura dos Anjos seria “nitidamente” uma “pessoa doente”. A suspeita permanece em prisão preventiva, conforme determinação do TJRS (Tribunal de Justiça do estado do Rio Grande do Sul).