Delegado fala sobre reação de mulher presa por envenenar bolo de Natal durante depoimento: ‘esboçava sorrisos’

O delegado Marcos Veloso revelou que Deise dos Anjos teve uma postura fria durante o depoimento.

PUBLICIDADE

Os investigadores do caso do envenenamento com bolo que resultou na morte de três familiares em Torres (RS) revelaram, na última sexta-feira (10), que há evidências robustas indicando que Deise Moura dos Anjos, suspeita de cometer os crimes, “praticava homicídios em série”.

De acordo com o site UOl, além dessas mortes em dezembro, Deise também teria envenenado o sogro, Paulo dos Anjos, em setembro do ano passado. Na ocasião, Paulo foi hospitalizado após consumir bananas e leite em pó supostamente entregues por  Deise em sua casa.

Delegado traça perfil da suspeita

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Marcos Veloso, Deise manteve uma “postura fria, com respostas sempre na ponta da língua” durante os interrogatórios, aparentando estar “muito tranquila”. Segundo ele, Deise ainda “esboçava sorrisos” durante suas falas.

Conforme a Polícia Civil, análises técnicas identificaram que Deise adquiriu veneno em quatro ocasiões ao longo de cinco meses. Uma das compras ocorreu antes da morte de seu sogro, enquanto as demais antecederam os envenenamentos das outras vítimas da família.

Histórico e movimentações

Antes dos eventos fatais, registros extraídos do celular da suspeita mostram que ela realizou diversas pesquisas na internet sobre “arsênio e substâncias similares”. Essas buscas reforçam a tese de premeditação. Deise está presa temporariamente por 30 dias, prazo que pode ser prorrogado por igual período, conforme o andamento das investigações. O caso ganhou maior atenção após as mortes de três membros da mesma família em dezembro de 2024, mas a reabertura das investigações sobre o falecimento do sogro de Deise revelou um padrão de ação que sugere a prática de crimes em série.