A professora Livia Alves Branquinho perdeu parte da audição de um dos ouvidos após ser agredida por cerca de duas horas pelo ex-namorado. Durante a madrugada, enquanto ela dormia, o homem, segundo ela, acessou as redes sociais dela e se deparou com mensagens que lhe geraram ciúmes.
Professor de jiu-jitsu, o suspeito teria quebrado dois telefones celulares e disparado uma sequência de golpes e imobilizações contra a então companheira no decorrer do surto de fúria. Uma infecção gerada pelos traumas das pancadas resultou na perda de 30% da capacidade auditiva de um dos ouvidos. Além disso, a professora, também devido às pancadas, desenvolveu visão dupla nos olhos e terá que passar por uma cirurgia para tentar recuperar a visão normal.
Professora agredida pelo ex só consegue dormir com remédios
Em entrevista concedida à emissora TV Anhanguera, Livia relatou que, agora, só consegue dormir se for com o apoio de medicamentos. Ela toma quatro comprimidos para dormir, pois, sem o remédio, sempre no mesmo horário, desperta pela madrugada com pesadelos dos traumas que sofreu.
“Estou tomando quatro remédios para remédios para dormir, por que, sem remédio, chega na madruga, no mesmo horário, eu acordo com pesadelo”, contou.
Em outra entrevista, desta vez ao portal de notícias G1, a vítima disse que já enfrentava problemas psiquiátricos e psicológicos, e que teve que aumentar o uso dos remédios e das terapias para se recuperar do trauma que as agressões lhe geraram.
“Eu tive que aumentar o uso de remédio, aumentar as minhas terapias, modificar o tipo de terapia que eu fazia para poder ir reestruturando esse processo na minha cabeça”, disse.
Vítima acusa ex de ameaças
Livia afirmou que o ex-namorado a ameaçou de morte no mesmo dia da agressão. Segundo ela, o homem garantiu que, caso ela o denunciasse, ele, ao sair da cadeia, acabaria com as vidas de todos os familiares dela antes de ceifar a vida dela.
A professora é mãe de duas filhas de outro relacionamento. O caso aconteceu em Goiânia, a capital de Goiás, mas as meninas só ficam com ela aos finais de semana, por conta do compartilhamento da guarda, e não estavam em casa no momento da agressão.