Vizinhos da suspeita pelo envenenamento de sua própria família estão incrédulos: ‘Ninguém acreditou…’

Deise dos Anjos tinha uma boa imagem perante os vizinhos e era uma pessoa querida; alguns deram detalhes de como ela agia.

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Na sexta-feira, 10 de janeiro, o jornal Zero Hora visitou o município de Nova Santa Rita para apurar informações sobre o caso envolvendo Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, que foi presa no dia 5 de janeiro, suspeita de envenenar um bolo natalino com arsênio. A investigação apura a responsabilidade de Deise na morte de quatro membros da sua própria família. 

Um comerciante local deu uma entrevista exclusiva para o jornal e classificou o caso como “horroroso”. Ele disse que todos os moradores ficaram chocados com tamanha crueldade de Deise. O homem, que não se identificou, também disse que ninguém jamais pensaria que ela seria capaz de planejar e executar um crime como esse. “Ninguém acreditou que ela poderia ter feito isso”, afirmou o comerciante. 

Relação da suspeita de envenenamento com o marido é exposta por vizinho

No Bairro Berto Círio, onde Deise Moura dos Anjos vivia com o marido e o filho, a reação dos moradores ao caso tem sido de incredulidade. A família, que parecia ser bem relacionada e sem problemas aparentes, sempre foi vista como tranquila pelos vizinhos. Segundo relatos, o casal parecia feliz, com o filho frequentemente brincando no pátio e jogando bola com o pai. 

A atendente de uma loja frequentada por Deise dos Anjos antes de sua prisão revelou que a suspeita sempre teve uma boa imagem entre os moradores da cidade. De acordo com a funcionária, Deise era muito querida e conhecida por sua educação e simpatia. A mulher ainda destacou que Deise tinha uma excelente relação com o filho e sempre se mostrava atenciosa e bem relacionada com as pessoas ao seu redor. 

Deise dos Anjos pretendia se mudar com o marido e o filho após morte do sogro

Em setembro, Deise dos Anjos revelou a uma moradora que seu sogro, Paulo dos Anjos, havia falecido após ingerir uma banana contaminada pela enchente que atingiu Canoas, cidade onde ele morava com sua esposa, Zeli Teresinha dos Anjos. Deise explicou que, devido à morte do sogro, a família estava muito abalada e cogitava a possibilidade de vender a casa e deixar a cidade, embora não tenha especificado o destino.