Bolo envenenado: amiga revela o que viu Deise colocar na mão de falecida durante velório

Mulher foi detida suspeita de tirar a vida de três pessoas usando arsênio.

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A investigação do caso que chocou o Rio Grande do Sul ganha novos contornos com a análise pericial de uma garrafa de água, elemento crucial no desenrolar das mortes que abalaram uma família gaúcha. O objeto, levado por Deise Moura dos Anjos à sua sogra hospitalizada, Zeli Teresinha dos Anjos, aguarda resultados laboratoriais previstos para esta semana.

O caso, que inicialmente envolvia três mortes por envenenamento com arsênio em dezembro, expandiu-se após a confirmação da presença da substância letal nos restos mortais do sogro da suspeita, Paulo dos Anjos, falecido em setembro. A exumação do corpo comprovou a teoria dos investigadores sobre uma possível série de crimes premeditados.

Testemunha afirma que Deise colocou objeto em mão de falecida no velório

As autoridades policiais ampliam agora o escopo da investigação, considerando a possibilidade de outros envenenamentos. Entre os casos sob análise está a morte do pai da suspeita, José Lori da Silveira Moura, que faleceu em 2020, aos 67 anos, com diagnóstico inicial de cirrose.

Detalhes perturbadores emergiram através do depoimento de uma amiga de infância de Tatiana Denize Silva dos Anjos, uma das vítimas fatais. Segundo seu relato, a suspeita compareceu ao velório das vítimas, realizando um gesto que hoje ganha contornos macabros: depositou um terço e uma rosa nas mãos das falecidas em seus caixões.

Deise continua presa

Os investigadores descobriram que as motivações para os supostos crimes teriam origem em conflitos aparentemente triviais, incluindo um saque bancário equivocado realizado pela sogra há duas décadas e uma disputa relacionada a uma igreja para celebração de casamento. A testemunha caracterizou a suspeita como uma pessoa dissimulada e manipuladora.

A investigação segue ativa, com novos depoimentos programados para esta semana, incluindo uma nova oitiva da sogra sobrevivente e do esposo da suspeita. O caso ganha complexidade adicional com a necessidade de exames periciais no marido e filho de Deise, que também podem ter sido alvos de tentativas de envenenamento.

Deise Moura dos Anjos permanece detida sob prisão temporária desde 5 de janeiro, com prazo inicial de 30 dias, enquanto as autoridades trabalham para desvendar a extensão dos possíveis crimes e estabelecer definitivamente a cadeia de eventos que resultou nas mortes sob investigação.