Garrafa d’água que Deise levou à sogra na UTI já está nas mãos dos peritos e anúncio é realizado

A PCRS suspeita da garrafa d’água que Deise teria entregue à sogra na UTI de um hospital.

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A PCRS (Polícia Civil do estado do Rio Grande do Sul) requisitou uma nova perícia no caso do envenenamento de uma família ocorrido em Torres, no litoral gaúcho. O objetivo dos investigadores é analisar uma garrafa de água que Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, levou para sua sogra, Zeli Teresinha dos Anjos, de 61 anos, enquanto esta estava internada em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A internação ocorreu após Zeli consumir um bolo que, segundo a polícia, teria sido envenenado pela nora com arsênio.

Os trabalhos periciais estão sendo conduzidos pelo Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul, que fez um anúncio: a previsão é de que os resultados sejam concluídos ainda nesta semana. Caso novas evidências surjam a partir das perícias e dos depoimentos, a acusação contra Deise poderá se fortalecer ainda mais.

Após alta hospitalar, Zeli será ouvida pela PCRS

Além das análises técnicas, a PCRS pretende coletar novos depoimentos relacionados ao caso ainda nesta semana. O esposo de Deise será chamado a depor, assim como Zeli, que ainda não havia prestado seu testemunho devido à hospitalização.

No dia 5 de janeiro, o TJRS (Tribunal de Justiça do estado do Rio Grande do Sul) expediu um mandado de prisão preventiva contra Deise Moura dos Anjos. A ordem judicial, válida por 30 dias, é parte das medidas adotadas pela polícia na investigação.

Relembre o caso do envenenamento em Torres

A PCRS acredita que Deise agiu sozinha nos atos de envenenamento que atingiram diversos membros da família de seu esposo. Segundo os investigadores, em setembro do ano passado, ela teria envenenado o sogro ao adulterar uma lata de leite em pó com arsênio, o que resultou no consumo do veneno pela vítima.

No dia 23 de dezembro, três parentes de seu marido morreram após ingerirem um bolo contaminado com o mesmo pesticida. A substância tóxica foi identificada na farinha usada na preparação do alimento.

As investigações apontam que Deise pode ser uma homicida em série. Os policiais destacaram o padrão premeditado e ardiloso de suas ações, assim como sua tentativa de ocultar as provas.