Um incidente trágico ocorreu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Morrinhos, localizado no sul de Goiás, quando um paciente de 59 anos perdeu a vida após fazer uma enfermeira refém durante um episódio de surto psicótico. O caso, que aconteceu no último sábado, resultou em uma intervenção policial que terminou de maneira fatal.
Durante o incidente, Luiz Claudio Dias, que realizava tratamento renal há três dias na unidade hospitalar, levantou-se abruptamente de seu leito, desconectando os equipamentos médicos. Em um momento de confusão mental, dirigiu-se ao banheiro, onde quebrou um vidro e, ao encontrar uma enfermeira que saía do banheiro feminino, a manteve sob ameaça com um fragmento cortante.
Vídeo mostra paciente fazendo profissional de refém
As imagens do acontecimento revelam momentos de intensa tensão, culminando no instante em que a profissional de saúde consegue afastar o braço do paciente que a ameaçava. A situação exigiu a intervenção da Polícia Militar, que foi acionada após tentativas frustradas de negociação por parte da equipe médica.
Um paciente internado em uma (UTI) no estado de Goiás, foi morto por um policial militar após fazer uma enfermeira refém e a ameaçar durante um surto psicótico. Após ser baleado, o paciente chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos. pic.twitter.com/5AmFL2axna
— GILVANDRO JHONEBLE DA MATA JR. (@JhonebleJunior) January 19, 2025
Segundo informações oficiais, os policiais tentaram implementar protocolos de gerenciamento de crises para resolver a situação de forma pacífica. No entanto, quando essas tentativas se mostraram infrutíferas, foi tomada a decisão de realizar um disparo com o objetivo de imobilizar o paciente.
O desfecho da operação foi influenciado por um movimento inesperado do paciente no momento do disparo, que acabou atingindo seu abdômen em vez de uma área menos crítica. Apesar dos esforços da equipe médica para salvá-lo após o incidente, Luiz Claudio não resistiu aos ferimentos.
Prefeito se manifesta após tragédia
O prefeito de Morrinhos, Maycllyn Carreiro, explicou que não é incomum pacientes apresentarem delírios durante internações em UTI, mas destacou o caráter atípico deste episódio específico. Ele ressaltou que o paciente não possuía histórico anterior de surtos psicóticos, o que tornou a situação ainda mais surpreendente.
A família do paciente manifestou sua indignação nas redes sociais, exigindo que justiça seja feita. O filho da vítima expressou sua dor publicamente, declarando: “A polícia matou meu pai dentro de uma UTI”, uma manifestação que evidencia o impacto emocional do ocorrido sobre os familiares.
Em resposta ao incidente, a Polícia Militar informou que um procedimento administrativo foi instaurado para investigar detalhadamente todos os aspectos do caso. A administração municipal, por sua vez, através da Prefeitura de Morrinhos, emitiu nota lamentando profundamente o ocorrido, enquanto o hospital ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.