O bebê de Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, nasceu na manhã desta quarta-feira (24), na cidade de Rondonópolis, Mato Grosso, após a mulher ser mantida viva por aparelhos durante semanas devido a um quadro de morte cerebral. A história comovente ganhou grande repercussão nos primeiros dias de 2025 e mobilizou profissionais de saúde, familiares e a sociedade, que acompanharam o desenrolar do caso com expectativa e solidariedade.
A mãe foi diagnosticada com morte cerebral após sofrer um aneurisma. Desde então, médicos da Santa Casa de Rondonópolis, conjuntamente com a decisão da família, decidiram mantê-la conectada a aparelhos para preservar a vida do bebê, que ainda não estava em estágio de desenvolvimento suficiente para sobreviver fora do útero.
Mãe mantida viva por aparelhos
Desde o dia 1° de janeiro, a equipe médica trabalhou para estabilizar as funções vitais da gestante em função de sua morte cerebral. O plano inicial era realizar o parto do bebê em fevereiro, quando Joyce chegaria ao sétimo mês de gravidez. Contudo, devido a uma dificuldade respiratória, a equipe de saúde optou por adiantar o nascimento.
O menino veio ao mundo com a presença da família
A criança, um menino, veio ao mundo pesando 900 gramas e foi transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Enquanto isso, os equipamentos que mantinham a mãe viva foram desativados. O procedimento foi acompanhado pelo pai do bebê, João Matheus Silva, de 23 anos, e pelos avós do lado paterno.
Após o nascimento do pequeno, o pai fez um relato tocante. “A verdade é que eu não consigo acreditar no que está acontecendo. A pior parte é saber que as crianças vão crescer sem mãe“, desabafou João Matheus.