Uma teia de aranha gigante, que se assemelha a uma “chuva de aranhas”, chamou a atenção dos moradores e visitantes de São Thomé das Letras, no Sul de Minas Gerais. O evento inusitado foi registrado em vídeo pela ativista ambiental Bruna Naomí, gerando grande repercussão nas redes sociais.
Muitos internautas reagiram com humor e um deles brincou: “Me informa que cidade é para evitar um ataque do coração”. Bruna, que trocou a agitação de São Paulo pela tranquilidade de Minas Gerais, revelou como a vida em São Thomé das Letras proporciona experiências únicas.
A ativista explicou que as aranhas pertencem à espécie Parawixia bistriata, conhecida por não representar perigo para os humanos. “Elas fazem essa teia gigantesca que atravessa a estrada, passam o dia dormindo e saem no final da tarde”, disse Bruna.
Centenas de aranhas podem ficar nestas teias imensas
A bióloga Fernanda Raggi, em entrevista ao jornal Estado de Minas, ofereceu mais detalhes sobre o fenômeno. De acordo com a especialista, as teias podem abrigar até 500 aranhas.
“Chuvas de aranhas são comuns em áreas rurais nesta época do ano, de dezembro a março, devido ao clima quente e úmido. Elas se unem por estarem no período de reprodução, em que se expõem em teias, na fase jovem, para se alimentarem, alimentarem as fêmeas em reprodução e alimentarem os filhotes”, disse Fernanda. A bióloga contou ainda que são poucas espécies da natureza que apresentam este hábito social.
As pessoas devem evitar o contato com as aranhas
Embora inofensivas na maior parte dos casos, é importante tomar precauções ao se deparar com uma dessas teias. A bióloga alerta: “Se ocorrer a picada de alguma delas por se sentirem ameaçadas, a orientação é procurar o mais rápido possível uma unidade de saúde, pois podem ocorrer sintomas como dor de cabeça, convulsão e confusão mental“.
Outro ponto interessante destacado por Raggi é o momento em que as aranhas constroem suas teias. Elas começam o trabalho durante o pôr do sol e levam cerca de uma hora terminarem.