Deise nega acusações e diz ter recebido açúcar contaminado com arsênio em doação na época das enchentes no Sul

O esposo e o filho de Deise Moura passaram por exames que constataram a presença de arsênio nas urinas deles.

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Novos desdobramentos no caso do possível envenenamento em série de uma família, ocorrido na cidade de Torres, litoral do Rio Grande do Sul, foram revelados durante as investigações conduzidas pela Polícia Civil do estado. Entre os relatos colhidos, Zeli e Diego dos Anjos, sogra e marido de Deise Moura — a principal suspeita do caso —, relataram um episódio envolvendo um suco de manga que teria sido consumido pela família.

De acordo com os depoimentos, há a suspeita de que a bebida também tenha sido contaminada com arsênio, substância encontrada em um bolo que, em dezembro do ano passado, resultou na morte de três pessoas. Essa possibilidade fortalece as investigações sobre a série de eventos que levaram à prisão preventiva de Deise Moura.

Arsênio detectado em exames laboratoriais de familiares de Deise Moura

Como parte das investigações, amostras de urina do marido e do filho de Deise foram submetidas a análises laboratoriais. Os laudos concluíram a presença de resquícios de arsênio nos exames, indicando que ambos podem ter sido vítimas de tentativas de envenenamento.

Suspeita atribui contaminação a doação de açúcar durante enchentes

Apesar das evidências, Deise Moura segue negando as acusações. Em depoimento, a suspeita alegou que a origem da contaminação por arsênio pode estar em um lote de açúcar recebido como doação durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no ano passado.

Segundo Deise, ela não tinha conhecimento de qualquer contaminação, e acredita que o açúcar pode ter sido utilizado para adoçar o suco consumido pelos familiares. A hipótese, no entanto, ainda está sob análise, enquanto a polícia avança nas investigações para determinar a veracidade das alegações e o grau de envolvimento da suspeita no caso.