Empresa paga até R$ 500 por escaneamento de íris; entenda como funciona

Com mais de 500 mil participantes, empresa oferece criptomoedas em troca de dados biométricos.

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O escaneamento de íris, que se tornou tendência nos últimos dias, está sendo oferecido por uma empresa que paga cerca de R$ 500 por cada coleta de dados. O processo, que visa criar uma World ID única, vem gerando interesse entre os paulistanos, com mais de 500 mil pessoas já participando.

O método, que usa câmeras de última geração, promete aumentar a segurança, sendo apontado como um avanço no uso de biometria.

Como funciona a coleta de dados e o pagamento

A empresa Tools for Humanity (TfH) realiza a coleta em vários pontos de São Paulo. Em um ambiente futurista, com máquinas e equipamentos de última geração, as pessoas têm suas íris escaneadas e, em troca, recebem criptoativos. O processo, que leva apenas alguns minutos, é simples, e após a coleta, o participante é remunerado com uma quantia aproximada de R$ 500, dependendo da cotação das criptomoedas.

Criptoativos e a World ID

A principal proposta da TfH é criar um código único para cada pessoa, chamado de World ID, que visa garantir segurança e evitar fraudes. Com isso, a empresa argumenta que esse código é praticamente impossível de ser reproduzido por inteligência artificial, o que poderia proporcionar um nível de segurança muito maior no futuro. Porém, muitos questionam o motivo pelo qual a empresa paga para coletar esses dados, sem uma explicação clara sobre o uso posterior dessas informações.

Impacto e regulamentação da coleta de íris no Brasil

Apesar da crescente popularidade da iniciativa, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou a suspensão do pagamento pelas coletas no Brasil, levantando dúvidas sobre a legalidade da operação. A TfH, por sua vez, afirma estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e já entrou em contato com a ANPD para pedir permissão para continuar com seus pagamentos. Enquanto isso, a empresa segue recolhendo os dados dos participantes, oferecendo criptomoedas em troca da coleta da íris.

A coleta de íris está chamando a atenção tanto pela proposta inovadora quanto pela polêmica gerada em torno da coleta de dados pessoais. A medida pode transformar o mercado de autenticação e segurança, mas também levanta questões sobre privacidade e regulamentação.