A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra Suzana Dazar dos Santos, acusada de homicídio qualificado pela morte de sua enteada, Isabelly, de 3 anos. A promotoria aponta que a madrasta teria premeditado a situação, colocando brinquedos dentro de uma máquina de lavar cheia de água para atrair a criança.
O crime ocorreu em 7 de maio de 2022, na cidade de Cascavel (PR). Segundo a investigação, Suzana teria posicionado Isabelly sobre um banco de plástico diante da máquina e saído do local, deixando a menina sem supervisão. A criança acabou caindo no tambor e se afogando.
Laudo aponta causa da morte de Isabelly
O laudo pericial confirmou que a causa da morte foi asfixia mecânica interna. Para o MP-PR, a madrasta tinha plena consciência dos riscos e assumiu a possibilidade do afogamento. A promotoria também sustenta que a motivação do crime foi o ciúme de Suzana em relação ao pai da menina.
Testemunhas relataram que a relação entre madrasta e enteada era marcada por desavenças. O advogado de acusação, Alexander Beilner, afirmou que familiares, vizinhos e pessoas próximas da família relataram situações que indicam que Suzana enxergava a presença da criança como um obstáculo para seu relacionamento.
MP quer que madrasta vá a júri popular
O MP destacou que a acusada já tinha histórico de agressão contra sua própria filha quando ela tinha apenas 4 anos. Os advogados de Suzana, no entanto, contestam as acusações e afirmam que não há provas concretas de que a madrasta tenha agido intencionalmente.
O Ministério Público solicita que Suzana seja levada a júri popular sob as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, vítima menor de 14 anos e violência doméstica. O processo tramita na 1ª Vara Criminal de Cascavel, e a defesa terá prazo para apresentar sua manifestação antes do início da fase de instrução, na qual testemunhas serão ouvidas novamente.