Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (13) na cela onde estava detida preventivamente, na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. Presa sob suspeita de envenenar quatro membros da família, ela estava isolada desde sua transferência para a unidade na semana anterior.
As autoridades apontam que a causa provável da morte foi enforcamento, possivelmente utilizando peças de roupa, mas a confirmação depende da conclusão da perícia e das investigações em andamento. A previsão é de que o inquérito seja finalizado até o dia 20 de fevereiro.
Suspeita de envenenar bolo faleceu; delegado responsável pelo caso se pronunciou
Deise era investigada pela morte de três pessoas que ingeriram um bolo envenenado com arsênico em dezembro do ano passado. Além disso, uma perícia confirmou que seu sogro, falecido dois meses antes, também havia sido envenenado.
Durante um pronunciamento na manhã desta quinta-feira (13), o delegado Fernando Sodré, que está investigando o caso do bolo envenenado, falou após o falecimento de Deise dos Anjos na cadeia. Ele afirmou que acredita que Deise percebeu que havia sido encurralada e que não tinha mais como se livrar das acusações, por isso, tirou sua própria vida. “Me parece que ela viu que a casa caiu”, disse o chefe da polícia.
Investigação sobre o bolo envenenado está prestes a ser concluída
A investigação sobre o caso segue em andamento, com previsão de conclusão para o dia 20 de fevereiro. As autoridades apuram as circunstâncias das mortes de três pessoas da mesma família, que faleceram após ingerirem um bolo contaminado com arsênico no dia 23 de dezembro do ano passado.
Além disso, exames periciais confirmaram que Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise, também foi vítima de envenenamento. Ele morreu em setembro, dois meses antes dos outros casos, levantando suspeitas sobre a relação entre os óbitos.