O bebê de sete meses internado no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp faleceu nesta quarta-feira (12), após apresentar sinais de violência sexual e agressões. A criança estava hospitalizada desde o dia 6 de fevereiro, quando deu entrada com fraturas no crânio.
No mesmo dia, o padrasto do bebê foi preso em flagrante em Amparo (SP), sob suspeita de tentativa de homicídio. No dia seguinte, a Justiça determinou a conversão da prisão para preventiva, mantendo o homem sob custódia. A criança teve morte encefálica, segundo HC da Unicamp.
Padrasto de bebê alega que criança teria engastado
Inicialmente, o bebê foi levado a um posto de saúde na cidade de Amparo. O padrasto teria alegado que a criança havia se engasgado, mas, devido à gravidade do estado clínico, foi necessária a transferência para um hospital em Campinas (SP).
Os médicos constataram traumatismo craniano e indícios de abuso sexual. Durante a internação, o bebê sofreu uma parada cardiorrespiratória, foi reanimado e entubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu.
A Polícia Militar foi acionada e prendeu o suspeito em flagrante. No boletim de ocorrência, consta que o homem afirmou que o bebê caiu da cama, mas continuou dormindo. Mais tarde, ele teria engasgado e parado de respirar, momento em que o padrasto chamou uma prima para pedir ajuda e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Lesões no crânio
Os policiais foram até a residência da suposta prima, mas não encontraram ninguém. Ao conversarem com a mãe da criança, foram informados de que apenas o padrasto esteve com o bebê ao longo do dia. No hospital, os médicos confirmaram que as lesões no crânio não eram compatíveis com uma simples queda.