Caso bolo envenenado: presídio teria recebido aviso sobre risco de Deise Moura atentar contra a própria vida

Deise Moura dos Anjos foi encontrada morta na cela após um alerta de risco de atentar contra a própria vida um dia antes do ocorrido.

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Deise Moura dos Anjos, acusada de matar três pessoas da família do marido com um bolo de frutas cristalizadas envenenado com arsênio, foi encontrada morta dentro da cadeia. A Polícia Civil, liderada pelo delegado Fernando Sodré, informou que Deise deixou um recado no local, afirmando sua inocência e relatando sofrimento e depressão.

Ela estava presa temporariamente desde 5 de janeiro no Presídio Estadual Feminino de Torres, sendo transferida para Guaíba por questões de segurança em 6 de fevereiro. Deise estava sozinha na cela e vestida com o uniforme de detenta na hora da morte. A Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) investigam a suspeita de suicídio, pois encontraram indícios que apontam para essa possibilidade.

Alerta sobre detenta atentar contra a própria vida

A administração do presídio teria sido avisada sobre o risco de suicídio um dia antes do ocorrido, após um advogado da família do marido de Deise informar a decisão do homem em formalizar o divórcio. A partir dessa notícia, Deise apresentou mudanças significativas em seu comportamento, demonstrando sinais de instabilidade emocional e ansiedade.

A Polícia Penal relatou que Deise recebeu três atendimentos psicológicos e dois com a equipe de saúde na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. A secretaria informou que a rotina de inspeção é permanente e que há revistas diárias nas celas para garantir a segurança e o bem-estar de todas as detentas. Essa rotina inclui a verificação minuciosa dos objetos pessoais e do estado emocional das internas.

Caso bolo envenenado: morte de Deise está sob investigação

As autoridades estão investigando todas as circunstâncias que levaram à morte de Deise para garantir que todos os procedimentos de segurança e apoio psicológico sejam revisados e melhorados, evitando que situações semelhantes ocorram no futuro. O objetivo é assegurar que as práticas adotadas nas unidades prisionais sejam efetivas na prevenção de tragédias como esta e que as detentas recebam o cuidado psicológico necessário.