Deise Moura dos Anjos, de 39 anos, foi encontrada morta na penitenciária de Guaíba (RS), onde estava detida. A mulher havia sido presa em 5 de janeiro, suspeita de envenenar a farinha utilizada no preparo de um bolo que resultou na morte de três pessoas da mesma família. Apenas uma semana antes, ela havia sido transferida para essa unidade prisional.
Pouco antes do crime brutal, Deise enviou uma mensagem a um familiar, na qual mencionava que não acreditava que iria para um bom lugar quando falecesse. Após sua prisão, a polícia revelou o conteúdo de uma mensagem enviada por Deise dos Anjos: “É bem provável que eu não vá para o paraíso”.
Deise fez pedido a um familiar meses antes de falecer e demonstrou preocupação
Ainda no bilhete, Deise dos Anjos demonstrou preocupação com o futuro do filho e pediu que cuidassem dele. Além disso, expressou o desejo de que rezassem por ela.
Delegado revela que Deise dos Anjos escreveu desabafo em bilhete antes de falecer
Deise dos Anjos, investigada por envenenar um bolo de frutas cristalizadas com arsênio, foi encontrada sem vida na cela onde estava detida na manhã desta quinta-feira (13). O caso, que resultou na morte de três pessoas da família de seu marido, segue sob apuração.
Antes de sua morte, Deise deixou um recado por escrito, no qual expressava seu sofrimento e declarava inocência. “Tipo um desabafo, se dizendo inocente, dizendo que era uma pessoa que estava em sofrimento, em depressão”, revelou o delegado Fernando Sodré, que está investigando o caso do bolo envenenado.
Deise dos Anjos teria ficado abalada após descobrir que o marido queria o divórcio
A administração do presídio foi alertada, um dia antes da morte de Deise Moura dos Anjos, sobre o risco de que ela atentasse tirar a própria vida. O aviso foi dado após um advogado da família do marido da detenta comparecer à unidade prisional e comunicar que o homem havia decidido pedir o divórcio. A notícia teria deixado Deise muito abalada.
Durante o período em que esteve na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, a suspeita recebeu três atendimentos psicológicos, além de ser acompanhada em duas ocasiões pela equipe de saúde da unidade. Segundo a Polícia Penal, o presídio mantém uma rotina permanente de inspeções e realiza revistas diárias nas celas como parte das medidas de segurança.