Antes de ser encontrada morta na cela onde estava isolada, Deise Moura dos Anjos, acusada de envenenar três pessoas com um bolo de frutas cristalizadas, demonstrou preocupação com sua segurança dentro do presídio.
A defesa da suspeita revelou que ela temia a possibilidade de ser transferida para uma galeria com outras detentas, o que poderia expô-la a riscos dentro da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, no Rio Grande do Sul.
Conversão da prisão colocaria Deise com outras detentas
A conversão da prisão temporária de Deise em preventiva foi solicitada pela Polícia Civil e já havia sido aceita pelo Ministério Público. No entanto, a decisão final ainda dependia da análise do Poder Judiciário. Caso fosse concedida, a acusada sairia da cela individual onde estava isolada e passaria a dividir espaço com outras presas.
Segundo sua defesa, essa possibilidade gerou forte preocupação, uma vez que a mulher temia ser alvo de represálias. Além disso, um dia antes de sua morte, um advogado da família do marido compareceu ao presídio para comunicar que ele oficializaria o divórcio. Após receber a notícia, Deise teria apresentado mudanças no comportamento.
Deise recebeu atendimento na prisão
A administração do presídio foi informada sobre o risco de que ela pudesse tirar a própria vida, mas, ainda assim, a suspeita foi encontrada morta. A Polícia Penal afirmou que Deise teve acesso a atendimentos psicológicos e médicos durante o período em que esteve na unidade.
Além disso, destacou que a cela onde a mulher estava contava com cama, vaso sanitário, chuveiro e objetos pessoais, sem materiais que representassem risco. A instituição reforçou que há inspeções regulares no local, mas a morte da detenta gerou questionamentos sobre a eficácia dessas medidas de monitoramento. As circunstâncias da morte de Deise Moura dos Anjos seguem sob investigação.