O Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul finalizou a análise dos alimentos levados por Deise dos Anjos para sua sogra, Zeli dos Anjos, enquanto ela estava internada em um hospital, e concluiu que não havia qualquer vestígio de veneno nos itens.
A nora, que era suspeita de ter envenenado um bolo que resultou na morte de três familiares do marido, faleceu nesta quinta-feira (13) dentro da prisão. As informações são do portal g1.
Perícia sobre itens levados por Deise dos Anjos ao hospital
A investigação apontava a possibilidade de que Deise dos Anjos tivesse tentado envenenar a sogra novamente enquanto ela estava internada no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, após sobreviver ao bolo contaminado.
No entanto, os exames realizados pelo IGP nos alimentos entregues pela família à Polícia Civil não identificaram traços de arsênio. Entre os itens analisados estavam um pastel de padaria, quatro bombons, um chiclete, quatro barras de cereal, um torrone, um biscoito de leite e uma garrafa de suco de uva, incluindo o canudo utilizado.
Investigação sobre envenenamento do bolo em Torres (MG)
Apesar do resultado negativo para veneno nesses alimentos, o IGP confirmou a presença de arsênio na urina do marido e do filho de Deise. A investigação ainda busca esclarecer como o veneno foi adicionado ao suco e os reais motivos por trás da tentativa de envenenamento.
O caso ganhou repercussão nacional após a tragédia ocorrida no dia 23 de dezembro, quando três pessoas morreram após ingerirem um bolo contaminado durante uma reunião familiar. A suspeita é de que Deise tenha misturado o arsênio à farinha utilizada no preparo.
A mulher também era investigada pela morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, ocorrida em setembro de 2024. O corpo dele foi exumado e exames confirmaram a presença do mesmo veneno. Segundo a Polícia Civil, havia histórico de conflitos entre a suspeita e sua sogra, com relatos de ameaças.