Pai é preso por engano e bebê morre afogado ao ficar sozinho; estado vai pagar indenização de R$ 500 mil

Família do pequeno Miguel Tyler Pereira Gualberto vai receber uma indenização de R$ 500 mil do Governo do Estado de Goiás.

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O caso do menino de apenas um ano que morreu afogado após pai ser detido por engano ganhou um novo capítulo. Jonas Pereira Gualberto concedeu uma entrevista à TV Anhanguera e falou sobre o fato. A família vai receber uma indenização de 500 mil reais do Governo do Estado de Goiás.

O pai entendeu que o montante a ser pago é um meio de prover recursos à família para enfrentar o impacto que a morte de Miguel Tyler Pereira Gualberto causou a todos. “Eu acho que nunca vai ter justiça, porque aconteceu de uma criança morrer inocente, sem ter culpa de nada. Eu sei que nada vai trazer ele de volta, mas, pelo menos, vamos ter uma condição de dar uma vida melhor para os irmãos dele”, desabafou Jonas.

Entenda o caso

Jonas Pereira foi detido em sua residência enquanto cuidava de seus três filhos. As crianças acabaram ficando sozinhas em casa. Infelizmente, o bebê se afogou na piscina da residência, localizada em Planaltina de Goiás, região metropolitana do Distrito Federal. O fato aconteceu no mês de julho de 2020, porém somente ganhou notoriedade recentemente.

A Justiça decidiu em segunda instancia o pagamento da indenização no mês de outubro do ano passado. A Procuradoria Geral do Estado de Goiás afirmou estar ciente da decisão e vai tomar as medidas cabíveis para cumprir a sentença.

A indenização por danos morais foi determinada pelo judiciário, pois entendeu que a ocorrência danosa (a morte do bebê) foi resultado da ação do agente público na ocasião.

Prisão por engano

Conforme relatado pela família, Jonas Pereira Gualberto estava em casa com seus três filhos quando foi detido pela Polícia Militar sob suspeita de roubo. Miguel, de apenas um ano, e outras duas crianças de 3 e 6 anos acabaram ficando sozinhas em casa. O homem teria informado aos agentes que sua esposa tinha ido ao supermercado naquele.

Contudo, ao comparecer à delegacia, a vítima do roubo não o reconheceu, e o indivíduo foi conduzido de volta para sua residência. Ele ficou sabendo do afogamento enquanto retornava para casa.