O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, anular a paternidade de Cristian Cravinhos, condenado pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, a pedido de seu filho. O processo, que durou 16 anos, teve início em 2009, quando o jovem, então com 3 anos na época do crime, solicitou a anulação da paternidade devido ao constrangimento e ao abandono afetivo e material por parte de Cravinhos.
A decisão foi baseada na ausência de vínculo socioafetivo entre pai e filho, comprovada ao longo dos anos. A ministra Nancy Andrighi, relatora do caso, destacou que a filiação não pode ser sustentada apenas por um registro civil, mas sim pela presença de laços afetivos e responsabilidades paternas, que não foram cumpridas por Cravinhos. Durante o julgamento, foi mencionado que o jovem sofreu bullying e precisou trocar de escola diversas vezes devido à repercussão do crime cometido pelo pai.
Vitória do filho de Cristian Cravinhos
A Justiça do Paraná já havia autorizado a anulação da paternidade em 2009, mas Cravinhos recorreu ao STJ, prolongando o processo até 2025. Com a decisão do STJ, o jovem de 26 anos pode retirar qualquer menção ao pai de seus documentos oficiais, rompendo os vínculos legais com Cristian Cravinhos.
Cristian Cravinhos cometeu crime de repercussão nacional
Atualmente, Cristian Cravinhos cumpre pena em regime semiaberto na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, São Paulo. Ele foi condenado a 38 anos de prisão pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen em 2002.
Suzane von Richthofen também se encontra em liberdade condicional. Após deixar a prisão feminina de Tremembé, ela se casou e tem um filho. No momento, Suzane possui um ateliê e trabalha no ramo de confecção.