Miguel Fernandes Brandão, de 13 anos, filho único de Genilva Fernandes e Fábio Luiz Brandão, sonhava em ser jogador de futebol. Em outubro do ano passado, ele começou a apresentar sintomas de rinite alérgica e, horas depois, teve febre. No dia seguinte, foi levado ao Hospital Brasília, no DF, com sinais preocupantes, como fraqueza e extremidades arroxeadas.
Após exames iniciais, uma médica demonstrou preocupação, mas, com a troca de plantão, outra profissional assumiu o caso e minimizou os sintomas, tratando-os como um quadro viral.
Caso do menino se agravou até fechamento de diagnóstico
Nos dias seguintes, o estado de Miguel piorou: manchas vermelhas surgiram, linfonodos do pescoço incharam e ele começou a sentir dores no tórax e na garganta. Apesar da insistência da mãe, a equipe médica pediu paciência. Na UTI, ele sofreu três paradas cardíacas e recebeu antibióticos para combater a infecção.
No entanto, apenas no dia 20 de outubro foi diagnosticado com Streptococcus pyogenes, quando seus órgãos já estavam gravemente comprometidos. A infecção necrosou sua pele, exigindo raspagem em diversas áreas do corpo. Após quase um mês internado, Miguel faleceu no dia 9 de novembro e foi sepultado no dia seguinte.
Mãe denuncia negligência
De acordo com o site UOL, Genilva, mãe do adolescente, aponta negligência por parte do hospital que atendeu o filho. “Quando ele foi infectado pela bactéria? Por que a demora para fazer exames? Por que não me ouvir? Isso é muito revoltante“, desabafou. O Hospital Brasília lamentou a morte e afirmou que, apesar dos esforços médicos, não foi possível reverter o quadro infeccioso.