Lembra do caso do bolo envenenado? Deise deixou recado para a sogra antes de morrer na cadeia: ‘Um inferno…’

O assassinato de várias pessoas da mesma família chocou a cidade de Torres e a Polícia concluiu o inquérito sobre o caso.

PUBLICIDADE

O caso do bolo envenenado que chocou a cidade de Torres, no Rio Grande do Sul, teve sua conclusão divulgada pela Polícia Civil. Na semana do Natal, três pessoas da mesma família faleceram após consumirem um bolo contaminado durante uma confraternização.

Em janeiro, Deise Moura dos Anjos foi presa como principal suspeita pelo crime. No entanto, o caso tomou um novo rumo quando a acusada foi encontrada morta na penitenciária onde estava detida, levantando ainda mais questionamentos sobre o desfecho da investigação.

Polícia conclui inquérito sobre caso do bolo envenenado

As autoridades conduziram uma análise detalhada dos elementos envolvidos no crime. Após exames laboratoriais, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou que a farinha utilizada no preparo do bolo estava contaminada com altas concentrações de arsênio, substância tóxica e letal. Entre as vítimas estavam Maida Berenice Flores da Silva, Neuza Denize Silva dos Anjos e Tatiana Denize Silva dos Anjos, todas parentes da sogra da acusada, Zeli dos Anjos, que também ingeriu o bolo, mas conseguiu sobreviver.

A investigação policial revelou que Deise também estava envolvida em outro envenenamento, ocorrido dois meses antes, que resultou na morte de seu sogro, Paulo. Com base nas provas obtidas, a Polícia Civil concluiu que a acusada agiu sozinha e foi responsável por quatro homicídios triplamente qualificados, além de quatro tentativas de homicídio. No entanto, com o falecimento da suspeita dentro da penitenciária, a Justiça determinou a extinção da punibilidade do caso.

Motivação do crime vem à tona

Durante a coletiva de imprensa, a delegada responsável pelo caso do bolo envenenado afirmou que, embora tenha sido considerada a possibilidade de uma motivação financeira, a linha de investigação mudou quando foram encontradas evidências de que Deise também tentou assassinar o próprio marido e o filho. Diante disso, a principal hipótese passou a ser um transtorno psicológico grave que a levou a cometer os crimes.

Enquanto estava detida, a acusada escreveu diversas cartas que indicavam ressentimento e um desejo por perdão. Em uma das mensagens, direcionada à sogra, expressou rancor pelos anos de convivência e afirmando que ela teria feito de sua vida “um inferno”. Apesar do fim trágico do caso, as autoridades encerraram a investigação com a certeza de que Deise foi a única responsável pelos envenenamentos, trazendo uma conclusão definitiva para a tragédia que abalou a comunidade.