A interdição da fábrica de sorvetes Doce Verão, ocorrida nesta última quinta-feira (6), expõe falhas graves no controle de qualidade e na segurança alimentar. O episódio que motivou a fiscalização, quando um consumidor encontrou uma barata dentro do “picolé SKI branco”, comprando-o na praia do Recreio, na Zona Oeste do Rio, gerou grande repercussão nas redes sociais.
Diante do ocorrido, a Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (SEDCON), e o Procon-RJ, conduziram uma vistoria minuciosa na unidade fabril localizada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Os órgãos contaram com o apoio do 39º Batalhão da Polícia Militar
Durante a inspeção, foram constatadas diversas irregularidades que comprometem a segurança do consumidor. A ausência de licença sanitária e do certificado do Corpo de Bombeiros são apenas alguns dos problemas identificados.
Ralos estavam sem proteção
As instalações apresentavam mofo e rachaduras nas paredes. Também foram encontrados ralos sem proteção adequada e falta de telas de prevenção contra pragas, criando um ambiente propício para contaminações.
Diante desse cenário, a interdição da fábrica foi considerada uma medida essencial para preservar a saúde da população. O secretário estadual de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca, destacou a importância da ação
Empresa terá que corrigir todas as falhas encontradas
Gutemberg explicou que não tinha como permitir que a fábrica de sorvete continuasse funcionando naquela situação . “O Código de Defesa do Consumidor garante o direito à saúde e segurança. As condições encontradas nesse estabelecimento são inaceitáveis“, disse o secretário.
A Doce Verão precisará elaborar um plano de adequação detalhado, contemplando a resolução de todos os problemas identificados para que possa retomar suas atividades. Tanto o Procon-RJ quanto a SEDCON manterão o monitoramento rigoroso do caso, assegurando que as exigências sanitárias sejam devidamente cumpridas.