‘Estou como cego no escuro’: pai de Vitória faz desabafo cinco dias após o corpo da filha ser encontrado

O pai da jovem assassinada deu uma entrevista e mostrou-se indignado como o caso vem sendo conduzido.

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Cinco dias após o trágico desfecho envolvendo Vitória Regina Sousa, de 17 anos, a investigação do crime ocorrido em Cajamar, São Paulo, ainda não chegou a conclusões definitivas sobre os responsáveis ou as motivações. A jovem desapareceu na noite de 26 de fevereiro, enquanto retornava do shopping onde trabalhava, localizado no distrito de Polvilho.

Seu corpo foi encontrado uma semana depois em uma área de matagal, apresentando sinais de extrema violência. A jovem estava despida, com os cabelos raspados e evidências claras de tortura.

Desde o início das investigações, a polícia ouviu dezoito pessoas. No último final de semana, Maicol Antonio Sales dos Santos, residente da região, foi detido. Ele é proprietário de um Toyota Corolla prata visto próximo ao local do desaparecimento de Vitória.

Polícia apreendeu veículo para investigação

O veículo foi apreendido para análise pericial, que agora busca confirmar se o sangue encontrado no banco traseiro corresponde ao DNA da vítima. Além dele, outros dois indivíduos estão sendo investigados.

O nome do pai da jovem, Carlos Alberto Sousa, chegou a ser mencionado como possível suspeito. Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (10), o delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Demacro – Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo, desmentiu qualquer investigação nesse sentido.

Pai a vítima se mostrou indignado

Carlos Alberto manifestou sua indignação em entrevista à revista VEJA, também nesta segunda-feira. Segundo ele, há falta de comunicação com as autoridades e muitos relatos na imprensa não refletem a realidade dos fatos.

Vou ser sincero: estou como cego no escuro. Não sei de nada, ninguém me fala nada. Só sei até agora que perdi minha filha, não sei quem foi ou qual o motivo, mais nada”, desabafou o senhor Carlos. Ele ainda disse que muitas coisas que os jornalistas dizem por aí não é verdade.