A investigação sobre o assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, ganhou novos desdobramentos após vizinhos de um dos suspeitos relatarem movimentações estranhas na noite do crime. No dia 26 de fevereiro, data do desaparecimento da adolescente, testemunhas afirmaram ter ouvido gritos e ruídos incomuns vindos da casa de Maicol Antônio Sales.
O homem, que morava próximo à vítima, foi preso no último sábado (8) após seu veículo, um Toyota Corolla prata, ser identificado na cena do crime momentos antes do sequestro. A perícia encontrou manchas de sangue no porta-malas do carro, aumentando as suspeitas contra ele.
Relato de vizinha de suspeito no caso Vitória
Uma vizinha relatou que Maicol chegou em casa por volta da meia-noite e, logo depois, passou a entrar e sair da garagem diversas vezes. Durante esse período, ela ouviu o suspeito comentar com um amigo que o carro “ficou bom”, o que levantou questionamentos sobre possíveis modificações no veículo.
Outro morador da rua estranhou o fato de, naquela noite, o Corolla ter sido guardado dentro da garagem, algo incomum na rotina do suspeito, já que costumava ficar estacionado na rua.
Declaração de suspeito em caso que comove o país
As autoridades destacaram que há várias provas testemunhais que colocam Maicol próximo ao local do crime. Além das manchas de sangue no carro, os investigadores identificaram contradições em seu depoimento e no de sua companheira. O suspeito alegou que estava em casa com a mulher na noite do desaparecimento, mas ela afirmou ter passado a noite na casa da mãe, onde permaneceu até o dia seguinte.
A mulher também revelou que, ao acordar, encontrou uma mensagem de “boa noite” enviada por Maicol às 23h30, o que gerou dúvidas sobre o paradeiro do suspeito naquela noite. Dias depois, ao descobrir que o carro do companheiro esteve na cena do crime, ela chegou a desconfiar de uma possível traição antes de entender a gravidade da situação.