Um estudo publicado no Jornal Vascular Brasileiro apontou que 72,2% das gestantes no Brasil sofrem com varizes durante a gravidez. A condição provoca dores, inchaços e desconfortos, gerando preocupação entre as futuras mães. O crescimento da barriga e o consequente aumento do peso impactam diretamente o retorno venoso, dificultando a circulação sanguínea e agravando os sintomas.
De acordo com especialistas, as varizes costumam surgir no segundo trimestre da gestação. Durante esse período, o útero se expande significativamente, pressionando veias na pelve e no abdômen, dificultando o fluxo sanguíneo das pernas para o coração. Esse quadro pode levar ao aumento do risco de trombose e ao agravamento de varizes preexistentes, além de favorecer o surgimento de novas.
O tratamento da condição
A cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Dra. Carol Mardegan, destaca a importância do exame de ecodoppler para diagnosticar e avaliar a gravidade da condição. Segundo ela, o acompanhamento médico é essencial para garantir a saúde da gestante e do bebê, permitindo um tratamento adequado e evitando complicações mais sérias.
O tratamento das varizes durante a gravidez foca em medidas conservadoras. “É recomendado que as mulheres grávidas informem ao profissional qualquer sintoma relacionado às varizes”, explica Mardegan. Cada gravidez é única e, enquanto algumas mulheres podem desenvolver varizes nos primeiros meses, outras podem não apresentar a condição.
Dicas para aliviar os sintomas
Para aliviar os sintomas e prevenir complicações, especialistas recomendam práticas como caminhadas, hidroginástica e alongamentos. O uso de meias de compressão também é uma opção indicada para melhorar a circulação e reduzir os inchaços. Evitar longos períodos em pé, não utilizar salto alto e manter uma hidratação adequada são medidas essenciais para minimizar os impactos das varizes na gravidez.