Apesar da nova versão apresentada pela polícia, alguns pontos da investigação no caso Vitória continuam gerando questionamentos. De acordo com a Polícia Civil, Maicol era um stalker, que monitorava a jovem por meio de perfis falsos.
Esse comportamento obsessivo é comum entre perseguidores, mas raramente resulta em ações extremas, como raspar o cabelo da vítima. Esse gesto frequentemente é associado a humilhação ou a questões de vingança.
Contradições na confissão de suspeito no caso Vitória
Além disso, a perícia revelou que Vitória Regina não foi morta no local, onde seu corpo foi encontrado, o que levanta dúvidas sobre como a vítima foi transportada. Essa movimentação exigiria planejamento e tempo, o que levanta o questionamento se Maicol teria conseguido agir sozinho.
Outro relato que contraria a versão de crime solitário veio de um motorista escolar, que afirmou ter visto, no dia do desaparecimento, o carro de Maicol com uma pessoa encapuzada no banco do passageiro. No dia seguinte, ele chegou a questionar a esposa de Maicol sobre a identidade da pessoa, e ela negou que estivesse no veículo na noite anterior.
Depoimento de vizinho também causou contradição
Um vizinho do suspeito também trouxe mais dúvidas à investigação, afirmando que, na noite do crime, ouviu vozes de dois ou três homens na casa de Maicol. A sua declaração acabou sugerindo a possível participação de outras pessoas no caso Vitória.
O laudo também destaca que a vítima apresentava perfurações no corpo da jovem que foram a causa da morte. Além disso, descarta a possibilidade de degolamento, conforme especulado anteriormente. O relatório ainda menciona que a vítima estava com “cabelos ausentes”, reforçando a explicação sobre o estado de decomposição do corpo.
As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do crime e consolidar as provas contra o suspeito. Entretanto, enquanto questões fundamentais permanecerem sem resposta, o caso Vitória seguirá cercado de dúvidas.