O advogado da família de Vitória Regina de Sousa, Fabio Costa, contestou a versão apresentada por Maicol Antonio Sales dos Santos, que confessou o assassinato da jovem. O defensor apontou diversas contradições no depoimento do acusado e afirmou que a confissão pode ter sido planejada para minimizar sua pena.
Segundo ele, há inconsistências graves que precisam ser esclarecidas antes do encerramento do caso. Uma das principais questões levantadas pelo advogado diz respeito ao local onde o corpo de Vitória foi encontrado. Maicol afirmou à polícia que enterrou a adolescente, mas o cadáver foi localizado sem sinais de ter sido coberto por terra. Essa contradição levanta suspeitas sobre a real dinâmica do crime.
Celular de Vitória foi queimado?
Outro ponto destacado por Fabio Costa é a destruição das provas. O suspeito disse que queimou o celular da vítima, mas os investigadores rastrearam sinais do aparelho em Campinas. O advogado enfatizou que essa discrepância não pode ser ignorada e reforçou a necessidade de um exame detalhado para verificar a veracidade da versão apresentada por Maicol.
Além disso, uma testemunha teria ouvido um grito de socorro no dia do crime, o que contradiz a confissão do acusado, que afirmou que Vitória não reagiu. Para o advogado, essa informação pode mudar completamente o entendimento sobre os últimos momentos da jovem e pode indicar que a dinâmica do crime foi diferente da que foi apresentada.
Defesa da família de Vitória acompanha caso de perto
Diante dessas inconsistências, Fabio Costa solicitou que a polícia aprofunde as investigações antes de concluir o inquérito. Para ele, a versão de Maicol não condiz com os fatos e pode ser uma tentativa de manipular o andamento do processo judicial. A defesa da família segue acompanhando de perto o caso e cobrando esclarecimentos sobre as contradições apontadas.