O caso da morte de Vitória Regina Souza, de 17 anos, pode ter uma reviravolta após a defesa de Maicol Antonio Sales dos Santos questionar a validade da confissão feita por ele à polícia. Maicol está preso, admitiu o crime, mas seus advogados alegam que o interrogatório ocorreu de maneira irregular.
Segundo a defesa, a confissão foi colhida sem a presença dos advogados e sob pressão, o que poderia tornar o depoimento inválido. Os advogados de Maicol afirmam que ele foi chamado para prestar depoimento novamente na noite do mesmo dia em que seus representantes legais haviam deixado a delegacia.
Para a defesa, esse procedimento compromete a legalidade da confissão. Diante disso, os advogados avaliam a possibilidade de entrar com um habeas corpus para anular o depoimento e pedir a soltura do suspeito.
Maicol é transferido
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou que Maicol foi transferido para o Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos por questões de segurança. No entanto, a pasta não divulgou detalhes sobre o motivo da transferência. Apesar das alegações de maus-tratos feitas pelos advogados do suspeito, a secretaria informou que não há registros de agressões contra ele.
O delegado responsável pelo caso ainda pode solicitar a prorrogação da prisão temporária por mais 30 dias ou pedir a conversão para prisão preventiva, o que manteria Maicol detido até o julgamento. Enquanto isso, a defesa busca argumentos para contestar a validade das provas e reverter a situação do cliente.
Promotoria ouviu Maicol e outros detentos
Se a confissão for anulada, o caso pode sofrer um impacto significativo na investigação. A promotoria já ouviu Maicol e outros detentos, que não confirmaram a existência de maus-tratos. Agora, a decisão sobre a validade do interrogatório caberá à Justiça, que avaliará os argumentos apresentados pela defesa.