O caso da morte da adolescente Vitória Regina de Sousa, em Cajamar, continua a gerar polêmica e controvérsias. Maicol dos Santos, o principal suspeito preso, manifestou-se à imprensa durante sua transferência para o Centro de Detenção Provisória de Guarulhos, em que negou ter confessado o crime.
A defesa de Maicol afirmou que ele não admitiu a autoria do homicídio e que não esteve acompanhando seu cliente durante o depoimento, levantando questionamentos sobre a validade da confissão atribuída a ele pela Polícia Civil.
Contradições no caso Vitória
A acusação contra Maicol é grave, com a polícia sustentando que ele é o responsável pela morte de Vitória, ocorrida após a adolescente supostamente ameaçar revelar à esposa dele um relacionamento entre os dois. O corpo da jovem foi encontrado dias após seu desaparecimento, enterrado em um terreno de mata; e a investigação revelou vestígios de sangue e cabelo no veículo de Maicol.
Contudo, existem contradições nos relatos do suspeito que ainda precisam ser esclarecidas. Um dos pontos mais intrigantes é a discrepância entre a versão de Maicol, que teria afirmado ter enterrado Vitória em uma cova rasa coberta por pedras; e a realidade, que mostra que o corpo foi achado em outras circunstâncias. Além disso, o suspeito demonstrou desconhecimento sobre o motivo pelo qual a adolescente foi encontrada sem cabelo, o que aumenta as dúvidas sobre a sua versão dos fatos. Essas inconsistências têm gerado desconfiança e alimentado teorias que questionam a veracidade do depoimento.
Confissão de Maicol será anulada?
Enquanto a defesa estuda a possibilidade de anular a confissão de Maicol, a polícia defende que o depoimento foi feito na presença de um defensor público e um representante da Ordem dos Advogados do Brasil, o que, segundo eles, garante sua legitimidade. À medida que novas evidências e laudos periciais são aguardados, o caso segue em andamento, refletindo a complexidade das investigações e a luta pela verdade em um crime que chocou a sociedade.