A defesa de Maicol Antonio Sales dos Santos entrou com um pedido para anular sua confissão no caso do assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa. Os advogados alegam que o suspeito teria sido submetido a pressão psicológica para admitir o crime, o que poderia levar à anulação de seu depoimento. No entanto, o Ministério Público não identificou indícios de maus-tratos contra ele.
Na última quarta-feira (19), sob forte esquema de segurança, Maicol foi transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos, na Grande São Paulo. Antes disso, ele estava detido na carceragem da delegacia de Cajamar, onde permaneceu desde sua prisão, em 8 de março, conduzida pelo Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil.
Pedido de Habeas Corpus para Maicol
A defesa do suspeito protocolou um habeas corpus solicitando que ele possa responder ao processo em liberdade. Segundo os advogados, há “inconsistências apresentadas no inquérito que comprometem sua revisão e levantam questionamentos sobre a validade e a imparcialidade da investigação”.
Maicol havia confessado o crime na última segunda-feira (17), afirmando que agiu sozinho. A Justiça determinou sua prisão temporária por 30 dias, prazo que se encerra em 7 de abril.
Contradições no depoimento
Ao prestar depoimento, Maicol entrou em contradição sobre o que aconteceu com o corpo da vítima. Ele afirmou ter enterrado Vitória em uma cova rasa, localizada em uma área de mata em Cajamar. No entanto, quando o corpo foi localizado no dia 6 deste mês, uma semana após o desaparecimento da jovem, a polícia encontrou a vítima exposta e não soterrada.