O caso da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, assassinada no início de março, ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira, 20 de março, com a defesa de Maicol Sales dos Santos, principal suspeito do crime, entrando com um pedido de habeas corpus. O advogado argumenta que há inconsistências no inquérito, o que comprometeria a validade da prisão preventiva do acusado.
Maicol está preso desde o dia 8 de março, após ser detido por suspeita de envolvimento no assassinato de Vitória. O pedido de habeas corpus foi protocolado na Justiça e aguarda a decisão do juiz responsável.
Imparcialidade na investigação, segundo a defesa
A defesa do suspeito questiona a imparcialidade da investigação, além de afirmar que o depoimento prestado por Maicol à polícia não pode ser considerado válido, uma vez que ele não estava acompanhado de sua defesa legal durante o interrogatório. A alegação principal da defesa é de que a confissão de Maicol, feita em um depoimento recente, não foi feita de forma livre e consciente. Em depoimento, Maicol teria afirmado que matou Vitória e enterrou seu corpo em uma área de mata em Cajamar, município na região metropolitana de São Paulo.
Suspeito agia como stalker
Contudo, a polícia não localizou o corpo da vítima no local indicado. O corpo foi encontrado posteriormente em outra área, sem roupas, com sinais de agressão física e a cabeça raspada, conforme detalhado pela investigação.
Para as autoridades, as evidências indicam que Maicol possuía um comportamento obsessivo em relação à vítima, a qual ele teria seguido durante meses. No celular do suspeito, foram encontradas fotos de Vitória e de outras adolescentes, o que reforça a teoria de que Maicol teria um perfil de stalker.