No final de fevereiro, Vitória Regina de Sousa desapareceu ao retornar do trabalho em um shopping de Cajamar, na Grande São Paulo. Naquela noite, a jovem pegou um ônibus e enviou mensagens para uma amiga, relatando sua localização. Mais tarde, ao embarcar em outro coletivo, demonstrou preocupação ao dizer que sentia que estava sendo seguida.
Dias depois, em 5 de março, o corpo da adolescente foi encontrado com sinais de tortura. O laudo da necropsia confirmou que a causa da morte foi provocada por múltiplas facadas no tórax, pescoço e rosto. Apesar da brutalidade do crime, o exame não apontou indícios de violência sexual.
Polícia investiga esposa de Maicol
As investigações levaram à prisão de Maicol Antonio Sales dos Santos, apontado como o principal suspeito do crime. De acordo com a polícia, ele já acompanhava Vitória há algum tempo e demonstrava um comportamento obsessivo em relação à jovem.
De acordo com o programa Domingo Espetacular, apesar de afirmar ter agido sozinho, Maicol pode ter contado com a ajuda de mais pessoas para cometer o crime. A esposa do suspeito chegou a relatar para a polícia que recebeu a última mensagem de Maicol por volta das 23h30 do dia 26 de fevereiro, dia do desaparecimento de Vitória. No entanto, após a quebra do sigilo telefônico, a polícia descobriu que a esposa trocou diversas mensagens com Maicol na madrugada do dia 27 de fevereiro.
Confissão e polêmica sobre depoimento
Durante um interrogatório gravado em vídeo, Maicol confessou ter cometido o crime sozinho. No entanto, seus advogados recusaram-se a acompanhá-lo no momento da confissão, o que levantou questionamentos sobre a legalidade do depoimento. Além disso, a perícia revelou que o suspeito mantinha diversas fotos de Vitória armazenadas em seu celular, reforçando a tese de que ele a monitorava há meses.