A Justiça autorizou a reconstituição do crime que vitimou Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, em Cajamar (SP). A reprodução simulada foi marcada para o dia 10 de abril, com o objetivo de esclarecer detalhes da morte da adolescente.
A Polícia Civil solicitou a reconstituição para confirmar a versão apresentada pelo suspeito, Maicol Sales dos Santos, e avaliar eventuais inconsistências em seu depoimento. A reconstituição do crime é vista como um passo crucial para o encerramento das investigações.
Maicol não é obrigado a participar da reconstituição
Apesar da determinação judicial, Maicol não é obrigado a participar da reconstituição. Sua defesa contesta a legalidade da confissão prestada por ele na delegacia, alegando que teria sido coagido e que seus advogados não estavam presentes no momento do depoimento.
A Polícia Civil, por sua vez, sustenta que o interrogatório ocorreu dentro da legalidade e que uma advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanhou o procedimento. Os investigadores também avaliam a possibilidade de envolvimento de outras pessoas no crime.
Exames de DNA estão sendo realizados para verificar vestígios encontrados no veículo do suspeito. Além disso, há divergências entre a confissão de Maicol e as evidências periciais, como o número de facadas que a vítima sofreu e a forma como seu corpo foi encontrado.
Morte de Vitória Regina
O crime ocorreu na madrugada de 27 de fevereiro, quando Vitória desapareceu após sair do trabalho e pegar um ônibus para casa. Dias depois, seu corpo foi localizado em uma área de mata, com ferimentos no pescoço, rosto e tórax. A polícia afirma que Maicol assassinou a adolescente porque temia que ela revelasse um relacionamento extraconjugal que tiveram no passado.