Maicol Sales, apontado como principal suspeito pelo assassinato brutal da jovem Vitória Regina, voltou ao centro das atenções ao afirmar que foi coagido pela polícia a confessar o crime. As declarações do operador de empilhadeira foram divulgadas nesta segunda-feira (24) pela CNN Brasil e colocam em xeque a condução das investigações.
Segundo Maicol, ele teria sido pressionado a admitir a autoria do crime após a saída de seus advogados da delegacia, na noite de segunda-feira (17/03), por volta das 20h30. O suspeito alega que foi levado a um “banheiro sujo” nas dependências da delegacia e forçado a “colaborar com as investigações”.
Suspeito no caso Vitória faz acusação contra investigadores
Maicol afirma que, caso não confessasse, sua mãe e sua esposa seriam envolvidas no caso Vitória. Diante dessas alegações, a equipe de defesa contesta a legalidade da confissão e insiste que qualquer declaração atribuída a ele sem a presença de seus advogados deve ser considerada inválida.
Para os advogados, essa suposta coação fere a legislação processual e levanta dúvidas sobre a credibilidade das provas obtidas durante o interrogatório. Além disso, a defesa questiona a realização de um exame psiquiátrico sem autorização judicial, considerando o procedimento uma manobra ilegal.
Defesa de suspeito no caso Vitória sobre confissão
Segundo os advogados, Maicol ainda é apenas investigado no caso Vitória e não formalmente acusado, o que, na visão da equipe jurídica, torna prematura qualquer discussão judicial sobre uma confissão que, segundo eles, não aconteceu de forma legítima.
Por outro lado, a Polícia Civil de São Paulo sustenta que o homem de 23 anos confessou o crime voluntariamente. No último sábado (22), vídeos do interrogatório foram anexados ao processo. Nos registros, o suspeito aparece em uma sala sem a presença de advogados e admite ter cometido o assassinato sozinho.