Justiça barra exame psiquiátrico de suspeito em caso Vitória Regina; delegado deverá justificar veto

Maicol não passou pela perícia psiquiátrica e não participará na reconstituição do crime.

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A Justiça paulista barrou a realização do exame psiquiátrico em Maicol Antonio Sales dos Santos, apontado como o principal suspeito da morte de Vitória Regina de Sousa. A informação foi divulgada nesta terça-feira (25), mesmo dia em que se tornou público que a polícia irá reconstituir o crime sem a presença do mecânico.

Contrariando o Código Penal Brasileiro, o delegado Fábio Lopes Cenachi, de Cajamar, responsável pela investigação, enviou um e-mail diretamente à Política Técnico Científica na última quinta-feira (20) para impedir o exame psiquiátrico do suspeito detido. A legislação brasileira estabelece que a solicitação para tal perícia deve ser encaminhada à Justiça, a quem cabe a decisão final.

Delegado deverá apresentar justificativa

O juiz responsável pelo caso determinou que o delegado apresente uma justificativa para o veto de exame psiquiátrico. Somente após essa explicação, o magistrado decidirá se Maicol deverá ou não realizar a perícia. Anteriormente, o Ministério Público já havia solicitado essa mesma justificativa ao delegado. Na mesma decisão, o juiz também estabeleceu que Maicol não participará da reconstituição do crime, agendada para o dia 10 de abril.

Maicol afirma ter sido coagido para confessar o crime

O brutal assassinato da jovem Vitória Regina de Souza, de apenas 17 anos, em Cajamar, São Paulo, continua a gerar novos acontecimentos. A vítima foi encontrada morta em 5 de março, apresentando sinais de tortura.

Maicol Sales dos Santos, vizinho da jovem, confessou o crime e foi preso, mas dias depois alegou ter sido forçado pela polícia a confessar. O programa Fantástico teve acesso ao vídeo em que Maicol admite o crime, afirmando ter agido sozinho. No entanto, diversos aspectos levantam questionamentos sobre a autenticidade de sua confissão.