A apuração do assassinato de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, trouxe um novo elemento à investigação. De acordo com Diário Digital MT, um motorista de aplicativo revelou que a esposa de Maicol Sales, suspeito preso pelo crime, teria estado em Campinas. O local coincide com o último registro de atividade do celular da vítima, que foi ligado e desligado pela última vez nessa região.
Os dados que indicam essa movimentação teriam sido obtidos por meio da quebra de sigilo telefônico dos envolvidos, mesma medida que ajudou a reunir provas contra Maicol. No entanto, o delegado Luiz Carlos do Carmo, responsável pelo caso, estaria ignorando essa linha de investigação e seguindo focado na confissão contraditória do suspeito para encerrar o inquérito.
Defesa da família de Vitória pede reconstituição do crime
O advogado da família de Vitória, Dr. Fábio Costa, argumenta que a confissão de Maicol pode ter sido uma tentativa de minimizar sua responsabilidade no crime e proteger outra pessoa. Por isso, solicitou a reconstituição do assassinato, a fim de demonstrar que o suspeito não agiu sozinho.
Na última quarta-feira (19), Maicol voltou atrás e negou sua confissão, o que pode ser uma estratégia da defesa. A investigação também apontou que o irmão de Maicol, que inicialmente afirmou não ter muito contato com ele, também esteve em Campinas no mesmo período em que Vitória desapareceu.
Confissão sob suspeita e novos laudos periciais
Segundo a Band UOL, um áudio divulgado pela defesa do acusado sugere que ele teria sido pressionado por policiais a confessar o crime. Diante disso, os advogados pedem que o depoimento seja anulado, alegando que foi obtido sob coação. Com a investigação completando quase um mês, a polícia segue coletando novos depoimentos, especialmente de pessoas ligadas a Maicol. Além disso, aguarda resultados de laudos periciais cruciais, como a análise do sangue encontrado no carro e na residência do suspeito.