Enquanto a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formava maioria para torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanhava o julgamento diretamente do gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho, no Senado Federal. Ao lado de aliados próximos, Bolsonaro participou de uma corrente de oração conduzida pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), em um momento marcado por forte emoção.
Bolsonaro acompanha julgamento ao lado de aliados no Senado
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o ex-presidente chorando durante a oração. O encontro contou ainda com a presença do ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL), além de outros colaboradores próximos ao ex-presidente. O clima no gabinete era de tensão e comoção, com orações sendo feitas em voz alta e pedidos de proteção e justiça.
A senadora Damares Alves foi a responsável por organizar a corrente de orações. Em uma publicação nas redes sociais, ela convocou apoiadores a rezarem pelo ex-presidente e pelo país. “Já oramos juntos. Chamo todos os meus amigos para nos unirmos hoje em oração. Parem um minutinho agora pela manhã e orem pelo nosso Presidente e por nosso país”, escreveu.
Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, também participou da corrente à distância. Durante a oração conduzida no Senado, Damares declarou: “E neste momento o Brasil está de joelhos, de Norte a Sul, pessoas passaram a noite de joelho e eu sei disso”. A cena repercutiu entre apoiadores nas redes sociais e reforçou o tom emocional adotado por Bolsonaro e seus aliados diante do avanço do processo na Justiça.
STF torna Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado
Com a decisão unânime da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, Jair Bolsonaro se tornou oficialmente réu em uma ação penal por tentativa de golpe de Estado. A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República foi aceita pelos ministros, e o processo agora segue para a fase de instrução, com coleta de provas e depoimentos. Caso seja condenado ao final do julgamento, Bolsonaro pode enfrentar penas que, somadas, chegam a até 43 anos de prisão.