Na última quarta-feira (26), a Justiça de São Paulo acatou o pedido da defesa de Maicol Sales dos Santos, permitindo que ele não seja obrigado a participar da reconstituição do assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos.
A solicitação para a reconstituição do crime havia sido feita pela Polícia Civil de São Paulo ao Instituto Médico Legal (IML) no início da semana. No entanto, com a decisão judicial favorável ao suspeito, ainda não há confirmação sobre quando – e se – o procedimento será realizado.
Mudança na investigação sobre a morte de Vitória
De acordo com o g1, o delegado responsável pelo caso em Cajamar, município da Grande São Paulo onde ocorreu o crime, alterou sua abordagem, optando pela reconstituição, um mês após o início das investigações. Até o momento, Maicol é o único suspeito detido.
A reviravolta na condução do caso aconteceu depois que a defesa do acusado questionou a validade do depoimento e levantou suspeitas sobre possíveis irregularidades na confissão. Segundo um dos advogados de Maicol, ele teria sido pressionado pelas autoridades a assumir a autoria do crime.
Dor e busca por justiça
Na última quarta-feira (26), dia que marcou um mês do desaparecimento de Vitória, os pais da adolescente receberam a equipe do programa Brasil Urgente. Seu Carlos, pai da vítima, contou que a filha costumava ligar várias vezes ao dia para informá-los sobre sua rotina, sempre compartilhando seu paradeiro e companhia. A única prisão realizada até agora foi a de Maicol Antônio dos Santos, de 23 anos, que assinou uma confissão alegando ter cometido o crime sozinho. No entanto, essa versão segue sendo questionada tanto pela polícia quanto pela família da vítima.