A defesa de Maicol Antonio Sales do Santos, suspeito de matar Vitória Regina de Souza, de 17 anos, voltou a questionar a investigação conduzida pela Polícia Civil. O advogado Arthur Perin Novaes afirmou que seu cliente é inocente e que a confissão feita anteriormente não pode ser considerada válida.
Para ele, o depoimento de Maicol foi tomado sem a presença de advogados, o que torna o interrogatório irregular. Em entrevista para a Folha de S. Paulo, o defensor ressaltou que Maicol foi ouvido duas vezes pelos investigadores e, em nenhum momento, demonstrou participação no crime.
Defesa afirma que confissão foi nula
Segundo Perin, o suspeito teria sido pressionado e acabou apresentando uma versão diferente dos fatos. “Foi um interrogatório absolutamente nulo”, declarou o advogado, reforçando que a defesa não reconhece a suposta confissão.
O corpo de Vitória foi encontrado no dia 5 de março, em uma área de mata de Cajamar, na Grande São Paulo. A perícia apontou que a jovem sofreu três ferimentos, enquanto Maicol teria dito que deu apenas dois golpes de faca após uma discussão. Para a Polícia Civil, as contradições na versão do suspeito reforçam sua ligação com o crime.
Maicol assistiu a jogo do Corinthians, diz defesa
A defesa argumenta que há outros elementos a serem analisados e que a investigação não pode ser limitada à acusação contra Maicol. Segundo o advogado, no dia do desaparecimento de Vitória, o suspeito estava em casa após arrumar o banco da moto de um amigo, assistir ao jogo do Corinthians e mandar uma mensagem para sua esposa antes de dormir.
O caso continua em investigação, e familiares da vítima seguem pedindo justiça. Enquanto isso, a defesa de Maicol promete apresentar novos elementos para reforçar sua tese de inocência. O advogado segue firme em sua posição, alegando que a confissão foi obtida de maneira irregular e que o suspeito não deveria ser tratado como culpado antes da conclusão do inquérito.