Menina morre após prática perigosa sugerida por desafio da web; pai desabafa: ‘está dentro de casa…’

Cássio Maurílio afirmou que tentava restringir o uso de celular na rotina da filha.

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A Polícia Civil do Distrito Federal está apurando a trágica morte de Sarah Raissa Pereira de Castro, uma menina de apenas 8 anos, cujo falecimento ocorreu no último domingo (13), no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). A principal hipótese investigada é a de que a criança tenha participado de um desafio que circula em redes sociais.

Segundo informações da equipe médica que prestou os primeiros socorros à menina, há indícios de que o óbito esteja relacionado a um “jogo” virtual. O delegado Ataliba Neto, responsável pelo caso, abriu inquérito para esclarecer as circunstâncias da morte e rastrear os autores da publicação do desafio que teria sido realizado pela menor.

Pai faz alerta após morte da filha

De acordo com o site G1, Sarah Raissa foi encontrada inconsciente pelo avô. O pai de Sarah, Cássio Maurílio, responsabilizou diretamente as plataformas digitais pela tragédia e pediu uma regulamentação mais rigorosa para o ambiente online.

Segundo ele, a internet é uma “terra livre e sem leis“, criticando o TikTok, onde o vídeo com o desafio teria sido visto por Sarah. Sua tia, no entanto, teria afirmado que o vídeo foi visto em outro aplicativo. Maurílio ainda afirmou que monitorava o uso do celular da filha no dia a dia. “Antes, a insegurança dos nossos filhos era eles irem para a rua, mas agora a insegurança está dentro de casa, no celular“, desabafou o pai.

Regulação das plataformas digitais

Em meio às crescentes preocupações envolvendo o uso indevido das redes sociais, especialmente em casos que afetam crianças e adolescentes, o governo federal tenta renovar o diálogo com o Congresso Nacional para retomar o debate sobre a regulamentação das plataformas digitais. O projeto de lei 2.630/2020, apelidado de PL das Fake News, segue travado na Câmara dos Deputados, apesar de já ter sido aprovado no Senado. A estagnação ocorre devido à ausência de consenso entre os parlamentares, o que tem impedido qualquer avanço substancial na tramitação da proposta. Enquanto isso, a responsabilidade pela moderação de conteúdo permanece exclusivamente nas mãos das próprias empresas de tecnologia.