O desaparecimento da bebê Ana Beatriz, de apenas 15 dias, em Novo Lino, Alagoas, teve um desfecho trágico com a confirmação de sua morte e a confissão da mãe como autora do crime.
Segundo a Polícia Civil, a mãe, visivelmente abalada, relatou que a criança chorava intensamente há dois dias, o que teria provocado um surto emocional. A complexidade do caso gerou grande comoção e mobilizou equipes de investigação, além de levantar um debate sobre os impactos do puerpério na saúde mental das mulheres.
Comportamento da mãe
O puerpério é reconhecido como um período delicado, marcado por alterações hormonais, psicológicas e comportamentais. Especialistas destacam que, sem apoio adequado, mães podem apresentar sinais de exaustão emocional, ansiedade e até depressão pós-parto.
A Polícia Civil considera o estado mental da mãe como um fator relevante nas apurações, o que pode interferir diretamente na forma como o crime será juridicamente classificado.
Análise de especialista
Durante as investigações, o comportamento da mãe chamou a atenção dos peritos. Segundo o psiquiatra forense Guido Palomba, que analisou o caso, a mulher demonstrou ausência de remorso e frieza emocional, fatores que, segundo ele, podem indicar traços de personalidade antissocial ou até psicopatia.
A postura da suspeita, mesmo após a confissão, levanta questionamentos sobre sua condição psicológica. A atuação da polícia foi intensificada diante das versões contraditórias apresentadas pela mãe. A cada novo depoimento, surgiam elementos que dificultavam o andamento das buscas pela recém-nascida.