A Santa Sé confirmou nesta segunda-feira (21) a causa da morte do papa Francisco, ocorrida durante a madrugada em sua residência oficial, no Vaticano. De acordo com o atestado médico oficial, o pontífice sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que evoluiu rapidamente para coma e terminou em um colapso cardiocirculatório irreversível.
A morte foi constatada por eletrocardiograma, às 7h35 no horário local. O papa havia enfrentado, nos últimos meses, um período de internação por pneumonia bilateral, entre fevereiro e março. Após a alta hospitalar, ele continuava em tratamento domiciliar, mas seu quadro era frágil e exigia atenção constante. As complicações respiratórias e cardiovasculares se intensificaram nos dias anteriores à sua morte.
Boletim médico sobre a morte do papa
Segundo o boletim médico, havia também o agravante de múltiplas bronquiectasias, hipertensão arterial e diabetes tipo 2, que dificultavam o controle do quadro clínico. As informações apontam que o AVC cerebral atingiu uma área sensível, impossibilitando qualquer chance de reversão do coma. O colapso final, cardiocirculatório, não respondeu às intervenções médicas.
A notícia abalou católicos ao redor do mundo, que já acompanhavam com preocupação os últimos relatos sobre a saúde do líder da Igreja. Embora não houvesse um anúncio oficial de estado terminal, o Vaticano vinha adotando uma postura mais cautelosa sobre as atividades do papa nos últimos dias.
Papa da justiça social
Francisco, que tinha 88 anos, deixa um legado marcado pela busca por uma Igreja mais próxima dos pobres, além de iniciativas voltadas à paz e à justiça social. O processo de sucessão papal será conduzido nos próximos dias, com o conclave reunindo cardeais para eleger um novo sucessor de Pedro.