Após 17 dias na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresenta sinais de melhora. De acordo com boletim médico divulgado nesta terça-feira (29), ele tolerou bem a ingestão de água, chá e gelatina. Apesar disso, segue sendo alimentado por via intravenosa para manter o aporte calórico necessário. A equipe médica também relatou sinais positivos como a ausência de dor ou febre, pressão estável e melhora nos exames hepáticos.
Apesar do quadro clínico controlado, Bolsonaro ainda não tem previsão de alta e as visitas permanecem restritas. Mesmo assim, já recebeu o pastor Silas Malafaia e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Durante a internação, o ex-presidente também deu entrevista e participou de uma live, o que levou à sua intimação por uma oficial de Justiça na última quarta-feira (23), após entendimento do STF de que ele “demonstrou a possibilidade” de ser comunicado sobre a ação penal relacionada à tentativa de golpe.
Live causou reação física e agrava estado de saúde
Segundo os médicos, após a live e a intimação, Bolsonaro apresentou aumento da pressão arterial e piora nos exames do fígado. A situação gerou preocupação e acendeu o alerta da equipe que o acompanha.
No último dia 13, Bolsonaro passou por uma cirurgia de 12 horas para remoção de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi necessário após ele passar mal durante compromisso no interior do Rio Grande do Norte, em 11 de abril.
Cirurgia mais complexa desde a facada
Essa intervenção foi classificada como a mais delicada desde a facada sofrida na campanha presidencial de 2018. Apesar da recuperação gradual, o quadro ainda exige cuidados intensivos e monitoramento constante.