A Polícia Civil de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, prendeu temporariamente o médico Luiz Antonio Garnica, de 38 anos, suspeito de envolvimento na morte da esposa, a professora Larissa Rodrigues, de 37 anos. A detenção ocorreu nesta terça-feira (6), semanas após o laudo toxicológico identificar a presença de “chumbinho” no organismo da vítima. A mãe do médico também foi presa por suspeita de participação no crime.
Larissa foi encontrada sem vida no apartamento do casal, situado no bairro Jardim Botânico, no dia 22 de março. Segundo relato de Garnica à polícia, ele teria se deparado com a esposa desacordada no banheiro após não obter resposta dela ao chegar em casa. O médico afirmou que tentou reanimá-la na cama do casal com procedimentos de urgência, mas sem êxito, acionou o Samu, que confirmou o óbito no local. Inicialmente, o caso foi registrado como morte de causa indefinida.
Sogra teria auxiliado filho em crime
Um primeiro exame do IML apontou alterações no pulmão e no coração da vítima, além do chamado “cogumelo de espuma”, sinal clínico que pode indicar morte por causas naturais ou não. A reviravolta na investigação veio com a confirmação da substância tóxica no corpo de Larissa.
De acordo com Fernando Bravo, chefe das investigações, a sogra foi a última pessoa a ver Larissa com vida na véspera da morte. A polícia acredita que a intoxicação tenha ocorrido de forma progressiva, ao longo de dias.
Pesquisa sobre veneno
A investigação também apura como a substância foi obtida. Há informações de que a sogra da vítima teria telefonado a uma amiga questionando sobre o veneno, mas não obteve sucesso. Segundo apuração, Larissa havia descoberto uma traição do marido pouco antes de morrer.