Abortamento espontâneo tem sinais de alerta que não podem nunca passar despercebidos

Saiba mais sobre a interrupção involuntária da gestação, um evento comum com impacto emocional significativo.

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O abortamento espontâneo, também referido popularmente como aborto natural, representa a interrupção involuntária de uma gestação antes que ela complete 22 semanas. A grande maioria desses eventos ocorre nas primeiras 12 semanas de gravidez.

Embora seja uma ocorrência frequente, impactando aproximadamente uma em cada seis mulheres que engravidam, a experiência pode gerar um considerável fardo emocional, com sentimentos de perda e frustração. Contudo, na maior parte das vezes, um abortamento não impede que futuras gestações se desenvolvam normalmente.

Diferença entre aborto e abortamento

É importante notar a distinção técnica entre os termos. Enquanto popularmente se utiliza “aborto” para descrever a perda fetal, o termo correto para o processo é abortamento. O aborto, nesse contexto técnico, é o resultado do abortamento, a matéria que é expelida.

Diversas condições podem levar a um abortamento, e nem sempre é possível determinar a causa exata. As razões mais frequentes incluem alterações na estrutura do útero, desequilíbrios hormonais, anomalias cromossômicas no embrião, doenças autoimunes, infecções e a idade da mulher, sendo o risco maior para mulheres em idade reprodutiva mais avançada. O uso de substâncias como álcool e cigarro pela gestante também pode contribuir para o risco.

Dados da Associação Brasileira de Reprodução Assistida indicam que o risco de abortamento é de cerca de 15% em gestações de mulheres com menos de 35 anos. Esse percentual aumenta para 25% entre 35 e 39 anos, e atinge aproximadamente 50% para mulheres de 40 a 44 anos.

Sinais e tipos de abortamento

Os principais indicativos de que um abortamento pode estar ocorrendo são a presença de dores abdominais intensas, caracterizadas como cólicas, e sangramento vaginal. Para confirmar a suspeita, o médico pode realizar um exame pélvico para verificar se há dilatação do colo uterino, uma ultrassonografia para avaliar a presença de batimentos cardíacos fetais e exames de sangue para medir os níveis do hormônio hCG, que está presente no corpo durante a gravidez.