A onça-pintada que teria causado o falecimento do caseiro Jorge Ávalos, conhecido como Jorginho, em abril deste ano, no Pantanal, foi transferida para o Instituto Ampara Animal, em São Paulo. O animal viverá em cativeiro pelo resto da vida, fora de exposição ao público.
Para garantir o bem-estar da onça, o instituto adaptou o espaço onde ela ficará, incluindo a ampliação da área aquática, em respeito à sua origem no Pantanal. A medida busca oferecer um ambiente mais próximo possível do natural, mesmo dentro dos limites do cativeiro.
Onça-pintada que teria devorado caseiro viverá em cativeiro
Segundo a fundadora e presidente do Instituto Ampara Animal, Juliana Camargo, embora o cativeiro não seja o ideal para animais silvestres, nesse caso, foi considerada a melhor solução, diante do histórico do animal e da gravidade do ocorrido. O foco agora é proporcionar qualidade de vida, respeito e dignidade à onça.
“Nós sabemos que o cativeiro nunca é o fim ideal para nenhum animal silvestre. Mas também entendemos que, diante desse contexto específico, essa é a melhor alternativa para esse animal”, justificou.
Relembre o caso
O caso aconteceu no dia 21 de abril, quando Jorge Ávalos foi atacado enquanto coletava mel às margens do Rio Miranda, em uma região do Pantanal de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul. A Polícia Militar Ambiental encontrou o corpo ao seguir um rastro de sangue deixado pelo animal.
Durante as investigações, foram encontrados fragmentos ósseos e cabelos, possivelmente humanos, nas fezes da onça. O material está sendo analisado pela Polícia Científica para confirmar se o animal realmente foi o responsável pelo ataque fatal.